A mexicana Dulce María lançou hoje o seu quarto álbum de estúdio, Origen. É o primeiro projeto da cantora de forma independente, após deixar a Universal Music em 2018. Desta vez, Dulce apostou em canções 100% autorais, utilizando inclusive letras que foram descartadas de seus álbuns anteriores.
Das 11 faixas inclusas no Origen, 6 já são conhecidas pelo público. São os singles: Mas Tuya Que Mía – que havia sido lançada orginalmente no álbum Para Olvidarte de Mí, do RBD -, Te Daria Todo – lançada originalmente no álbum Empezar Desde Cero, do RBD -, Tu y Yo, Lo Que Ves No Es Lo Que Soy, Nunca e Amigos Con Derechos.
Em entrevista concedida ao Hub Pop, Dulce falou sobre como nasceu o álbum Origen e necessidade de se libertar das amarras de uma gravadora para tal: “Estive sempre cantando histórias de outras pessoas, e por mais que algumas composições fossem minhas, chegou em um ponto que eu precisava me expressar de coração, sem me preocupar se era algo da moda, se seria comercial ou não.Quis retomar várias composições, de diversas etapas da minha vida em um único disco. Esse foi o primeiro passo, mas também precisei escrever sobre o que estou sentindo por agora, e foi quando surgiu Origen (a música), que falo sobre nos reconectar conosco mesmos, com a natureza, com o universo.”, contou.
Sobre as músicas do RBD neste projeto autoral, a cantora fala sobre a importância das canções por serem suas primeiras composições: “São músicas importantes, foi o começo de tudo. Fizemos versões com instrumentos diferentes, usamos banjo, ukulele, tambores, coisas diferentes. Mas Tuya Que Mía me fazia falta e agora com a versão acústica traz um sentimento de nostalgia junto.”.
Sobre o nome do disco, a cantora conta que foi uma volta ao passado da humanidade: “A origem de nos expressarmos vem de muito tempo, de quanto o ser humano pintava nas paredes das cavernas, ou dançava, era uma forma de expressão. A origem da forma como nos comunicamos hoje”. Dulce reforçou sobre a importância de ter um trabalho 100% autoral em seu catálogo: “Não foi pensado sobre o que estava na moda ou algo que todos os artistas estão fazendo. Em 10 anos como cantora solo, não me preocupava sobre seguir tendências, mas agora, pude compartilhar canções que venho guardando há muito tempo. Participei de todas as etapas, desde encontrar produtores, fotógrafos, as pessoas certas”.
Polêmica sobre apropriação cultural
Ao divulgar a capa de Origen, Dulce enfrentou diversas críticas nas redes sociais por estar vestida como indígena, o que podia ser interpretado como apropriação cultural. Sobre o tema, ela reforça que apoia os povos indígenas no México há mais de 10 anos, através de sua fundação: “Em 2010 eu procurava instituições que cuidassem deste povo pois queria me aproximar e ajudar, mas não encontrava. Foi quando criei a Fundação Dulce Amanecer, como forma de levantar este tema e cuidar destes povos. Eles cuidam da nossa natureza, de nossos hábitos, são a nossa história. Agora, com Origen, pretendo reverter parte dos lucros para estes povos, para a preservação. Aqui eles seguem preservando nossas terras, seguem criando artes incríveis. É preciso apoiar suas lutas e agora chegou a minha parte de dar luz, de conscientizar e informar sobre”.
A cantora ainda concluí o assunto dizendo que sua intenção era trazer visibilidade ao povo indígena: “As pinturas, as plumas, tudo tem um significado. E para mim, é encantador e parece uma necessidade de apoias as comunidades indígenas, as mulheres indígenas. Precisam de educação, de médicos, é uma luta pelas suas terras. Queria dar visibilidade a esse tema e quero seguir apoiando, mais do que nunca. Sempre admirei muito suas práticas, como estão conectados com o universo e sempre os vi como muito sábios.”.
Turnê futura?
Não existem planos para uma turnê de divulgação do álbum no momento. Por conta das incertezas da pandemia de Covid-19 que assola o mundo e sua filha, de apenas 10 meses: “Ela ainda exige muito da minha presença, por isso não é o momento. Eu sinto falta do palco, sinto falta dos fãs e de estar em contato com todos, mas tenho fé que em algum momento poderemos fazer algo para cantar todos juntos.”, contou.
Nova versão de Rebelde
A Netflix divulgou nesta semana o primeiro clipe da nova versão de Rebelde, que estreará em 2022. No vídeo, é realizado um cover da música de mesmo nome do projeto, e a versão agradou a intérprete de Roberta Prado: “Eu gostei da música, de como cantaram, de como senti nostalgia. Esta música está impregnada em minha pele e gosto que se mantenha vivo e não deixa de ser uma homenagem para todos nós.”, finalizou a cantora.
Ouça aqui o novo álbum de Dulce María, Origen:
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